Mulheres fazem mais compras emocionais do que os homens,
aponta estudo do SPC Brasil
Três em cada dez mulheres admitem gastar excessivamente quando
estão na TPM. Por outro lado, a insatisfação com o trabalho é uma
das razões que mais influenciam os homens
Mulheres tendem a fazer mais compras motivadas por impulsos
emocionais do que homens. A conclusão é de um estudo inédito encomendado
pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) para testar as práticas e o grau
de conhecimento do brasileiro sobre educação finaneira.
De acordo com os dados, 47% das mulheres entrevistadas já realizaram
compras por impulso em momentos de tristeza, angústia ou ansiedade. Já
entre os homens, este percentual cai para 37% dos casos.Quando os consumidores admitem comprar movidos por algum impulso, a razão mais prepoderante entre as mulheres é a baixa autoestima (49%) como problemas relacionados à vaidade e insegurança com a própria aparência. Já o público masculino se descontrola nas compras por conta da ansiedade com algum evento que se aproxima como viagens, férias ou festas (45%). Outros pretextos citados por ambos os sexos são tensão pré-menstrual — citado pelas mulheres em 32% dos casos — e situações de crise que envolvem o trabalho — segunda razão mais mencionada pela parcela masculina dos entrevistados (38%).
“Embora os fatores emocionais estejam mais associados às mulheres, a pesquisa detecta que o percentual de homens que faz compras por impulso também é elevado”, afirma a economista do SPC Brasil, Ana Paula Bastos.
Na avaliação da especialista, o gradual processo de inserção de mulheres no mercado de trabalho e, consequentemente, com um maior poder aquisitivo, fez com que elas passassem a consumir não somente para atender as necessidades básicas, mas inclusive, para saciar desejos, fato que sinaliza a necessidade de um aprendizado maior para lidar com o próprio dinheiro.
Planejamento
Quando perguntados se realizam algum planejamento
orçamentário, a maioria dos homens afirmou fazer apenas o planejamento
pessoal (34%), enquanto a maior parte das mulheres afirmou não fazer
qualquer tipo de planejamento (35%).
Uma das principais diferenças constatadas pela pesquisa é a maneira com que homens e mulheres controlam suas despesas. 45% dos homens afirmam utilizar uma planilha eletrônica para computar gastos e custos contra apenas 23% do público feminino. As mulheres optam na maior parte dos casos pelo tradicional caderno de anotações (64%), que conta somente com 34% da preferência masculina.
“Como os homens estão inseridos no mercado de trabalho há mais tempo e, por consequência, estão mais habituados ao ambiente dos negócios, eles tendem a utilizar meios de pagamento ou controle de gastos digitais com mais frequência que as mulheres”, esclarece a economista.
Foram ouvidos 646 entrevistados (57% de mulheres e 43% de homens) em todas as capitais brasileiras com alocação em cada capital proporcional ao tamanho da população economicamente ativa (PEA). A margem de erro é de 3,9%.
Fonte: http://www.spcbrasil.org.br em 12/03/2013.
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