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Paulista, Pernambuco, Brazil

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Paulista de parabéns


Emancipada de Olinda em 04 de setembro de 1935, “o antigo Engenho do Paulista Manoel Navarro” (cantado no Hino de Joel Andrade), um Bandeirante que veio destruir o Quilombo dos Palmares, já não é mais aquela pequena Vila Operária da CTP (Companhia de Tecidos Paulista), detentora do maior parque têxtil da américa do sul com quase 20.000 trabalhadores, onde o movimento operário lutava por seus direitos contra a opressão da família Lundgren.

O Jardim do Coronel já não mais funciona como um Zoológico onde as famílias brincavam aos domingos, e a Casa Grande (atualmente tombada pelo patrimônio estadual e onde o Movimento Pró-Museu quer transformar num Memorial) não serve mais de residência dos “coronéis”. Encravada entre duas cidades históricas (Olinda e Igarassu), Paulista transita entre sua História colonial, através da luta do Pe.

João Ribeiro na Revolução Pernambucana e as greves operárias do período têxtil. Recentemente uma polêmica reacendeu a suposta participação dos Lundgren nas reuniões do Partido Nazista em Pernambuco, o que foi de pronto, rechaçada pelos familiares. A memória coletiva das pessoas ainda tem uma imagem patriarcal dos Lundgren, considerados por muitos como generosos e acolhedores.

As Casas Pernambucanas (Lojas Paulista aqui no estado) que já foi a maior rede varejista do Brasil, não possui lojas em nosso estado e as antigas fábricas da CTP vão dando lugar a projetos da especulação imobiliária (Shopping, Condomínios, etc). O sucateamento e a crise do setor têxtil nos anos 90 deu lugar para novos arranjos produtivos locais, como o comércio, serviços, o turismo e o mercado imobiliário, atraindo investimentos nas áreas do ensino superior, saúde e novos segmentos industriais.

Apesar de ter o melhor nível de escolaridade e o melhor IDH da RMR, os índices do IDEB são menores de que outras cidades do litoral norte. A melhor malha rodoviária da RMR encontra-se em Paulista, o que não é acompanhada por uma boa política de trânsito e transportes. Lamentamos também, a falta de maior planejamento urbano, sobretudo, após a aprovação do Plano Diretor, que tem sido mera peça de ficção. Enfim, mesmo diante dos problemas do cotidiano, esses 76 anos de emancipação precisam ser comemorados, lembrando da pujança econômica do passado, mas com olhos direcionados ao futuro, um futuro com melhores oportunidades para todos os paulistenses. Parabéns Paulista.


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